No entanto, para maximizar esses benefícios, é fundamental investir em formação docente contínua e garantir que todos os alunos tenham acesso às ferramentas necessárias para sua educação. Os melhores LMS trazem, em seu bojo, KPIs para medição de desempenho das ferramentas digitais e do próprio desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. São gráficos, relatórios e planilhas que, através da análise de participação e desempenho de cada aluno em seu percurso formativo, são capazes de darem aos coordenadores e professores dos cursos um feedback sobre os materiais e ferramentas digitais utilizadas. Mais do que isso, muitas vezes apontam a necessidade da troca de uma ferramenta ou conteúdo digital A, para uma ferramenta ou conteúdo digital B. Respondendo diretamente, a métrica principal é o resultado conseguido com o aluno, já que o que importa é a formação do aluno, sendo as ferramentas e conteúdos digitais peças colaborativas ou indutivas desse processo. O modelo de aprendizado híbrido combina o ensino presencial com o ensino online, aproveitando o melhor de ambos os mundos.
Sobre o engajamento dos alunos e colaboração online
Este modelo é comum em programas de desenvolvimento profissional contínuo, onde os aprendizes procuram expandir seus conhecimentos em áreas específicas. No blended learning, os estudantes podem participar de aulas presenciais para interações diretas e discussões em grupo, enquanto utilizam plataformas digitais para acessar materiais didáticos, realizar tarefas e avaliações, além de participar de fóruns e outras atividades interativas. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão bibliográfica abrangente, analisando artigos acadêmicos, livros e o uso de tecnologias digitais na educação atual.
Frente a esta tecnologia aplicada o professor precisa estar capacitado para esta nova forma de transmissão e construção do conhecimento. As tecnologias de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) estão começando a ser integradas na educação online, proporcionando experiências imersivas que vão além do aprendizado tradicional. Plataformas como Google Expeditions e ClassVR permitem que os alunos explorem ambientes virtuais, realizem simulações e participem de atividades práticas em um ambiente seguro e controlado. Essas tecnologias são especialmente úteis para áreas como medicina, engenharia e ciências naturais, onde a prática é fundamental.
Essas ferramentas permitem que os alunos editem documentos em tempo real, compartilhem ideias e trabalhem juntos de maneira eficiente, mesmo à distância. […] aproximadamente 30% dos alunos que estudam em escolas localizadas em áreas urbanas não possuíam nenhum tipo de computador no domicílio (tablet, computador portátil ou de mesa). Entre os alunos usuários de Internet, 18% deles acessaram a rede exclusivamente pelo telefone celular, sendo que a proporção era maior entre os estudantes de escolas públicas (21%) e habitantes da região Norte (31%) e Nordeste (32%). Nas áreas rurais, apenas 34% das escolas possuíam ao menos um computador com acesso à Internet, percentual que foi de apenas 14% na região Norte, em 2018. Nesse contexto, é imperativo que a incorporação das novas tecnologias na educação seja realizada de forma consciente, evitando alienação e considerando tanto os benefícios quanto os desafios que essa integração pode apresentar. O trabalho de Moran (2017) traz à tona questões de extrema relevância sobre o uso das mídias digitais e das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
Em suas análises, o autor faz um alerta tanto quanto à quantidade de uso dessas tecnologias, questionando possíveis excessos, quanto à qualidade desse uso, instigando uma reflexão sobre os valores subjacentes. Adicionalmente, é fundamental que as atividades estejam interligadas e coordenadas entre si, apresentando uma variedade de níveis de complexidade para atender às diferentes habilidades da classe. O planejamento prévio das atividades é fundamental, mas a flexibilidade também desempenha um papel importante. O professor precisa estar preparado para aproveitar oportunidades inesperadas que possam surgir cotidianamente. É crucial compreender que o aluno é um ser humano completo, cujo desenvolvimento engloba aspectos físicos, cognitivos e afetivos.
O microaprendizado envolve a segmentação de conteúdos educacionais em módulos pequenos e focados, que podem ser completados em curtos períodos de tempo. Essa abordagem é ideal para o aprendizado contínuo e para profissionais que buscam adquirir novas habilidades sem comprometer grandes blocos de tempo. Plataformas como LinkedIn Learning e Coursera oferecem cursos baseados em microaprendizado, permitindo que os alunos adquiram conhecimentos específicos de forma rápida e eficiente. As ferramentas de videoconferência tornaram-se essenciais para a educação online, especialmente durante a pandemia de COVID-19. Plataformas como Zoom, Microsoft Teams e Google Meet permitem que os professores realizem aulas ao vivo, simulando a experiência de uma sala de aula presencial.
[Entrevista] A docência na era da Inteligência Artificial: tecnologia e conexão humana
Isso permite aos alunos com limitações de acesso à Internet que participem de aulas gravadas e acessem materiais do curso no próprio tempo, em vez de depender exclusivamente de sessões ao vivo, que exigem uma conexão estável com a Internet. Se compreendeu que as tecnologias digitais têm transformado de forma cada vez mais célere o cenário educacional, oferecendo novas oportunidades e desafios para a aprendizagem. As plataformas de e-learning e aplicativos educativos são exemplos claros de como essas ferramentas podem influenciar o desenvolvimento dos discentes. Mesmo frente aos benefícios das tecnologias digitais na aprendizagem, existem desafios associados à sua implementação e construção do saber. Os alunos podem curso com certificado adaptar seus estudos às suas rotinas pessoais e profissionais, o que é particularmente benéfico para aqueles que trabalham ou têm outras responsabilidades.
Plataformas de Cursos Online
O enfrentamento das questões sanitárias, com a indicação do isolamento social como única possibilidade de frear a disseminação do vírus, resultou na suspensão das aulas em todos os níveis e sistemas de ensino, não apenas no Brasil. Os países que insistiram na manutenção ou retomada das aulas presenciais, observaram a contaminação de grande parte da comunidade escolar. A incerteza sobre os efeitos da propagação da doença em espaços escolares, transformou a expectativa de uma suspensão temporária das aulas presenciais na incerteza de quando e como será possível retornar às aulas presenciais. Nesse contexto, faz-se imperativa a inserção mais robusta de elementos da informática nas apresentações de conteúdo ministradas em ambientes educacionais, com o propósito de aprimorar a qualidade dessas exposições e despertar o interesse dos educandos. Todos esses aspectos resultam na necessidade de constante atualização das práticas profissionais docentes, uma vez que a educação e os professores precisam se adaptar ao que é novo.
Nesse contexto, a insuficiência de investimento adequado torna-se um obstáculo significativo para a democratização do ensino com qualidade e recursos inovadores. Quando comparados aos alunos provenientes de famílias mais privilegiadas, é perceptível que estes últimos têm acesso desde cedo a uma educação estruturada, que inclui recursos tecnológicos como computadores, internet, tablets e smartphones (Silva & Soares, 2018). O educador desempenha um papel fundamental nesse processo, atuando como mediador do desenvolvimento saudável das relações entre os alunos e as tecnologias.
Uma proposta de formação contínua avançada e inovadora para os educadores representa um desafio significativo, oferecendo uma perspectiva de renovação e inovação no campo da educação. Em uma era na qual as inovações tecnológicas têm um impacto central, contribuindo para o ensino a distância em escolas de todos os níveis, incluindo o ensino superior, esta proposta se destaca como particularmente relevante, especialmente diante das adversidades. Conforme Libâneo (2006), as instituições dedicadas à formação de professores/educadores possuem a responsabilidade de cultivar indivíduos que sejam capazes de pensar de forma crítica e reflexiva, capazes de um pensamento epistêmico. Isso implica capacidades fundamentais de pensamento e elementos conceituais que vão além do mero acúmulo de conhecimento.
Para alcançar esse equilíbrio, as instituições devem se concentrar em projetar experiências educacionais que promovam o pensamento crítico, a resolução de problemas e a inovação, e apresentem desafios que não podem ser resolvidos apenas com uma consulta a uma IA. A chave para alcançar uma alta motivação entre os alunos está em criar experiências de aprendizagem interativas, envolventes e, acima de tudo, relevantes que captem e retenham o interesse dos alunos. Isso pode incluir a implementação de técnicas de gamificação, que transformam o aprendizado em uma experiência mais lúdica e competitiva, e o uso de conteúdo multimídia interativo que torna as sessões mais dinâmicas e participativas.
O aprendizado ao ensinar ocorre quando o professor, com humildade e abertura, está disposto a aprender continuamente e a rever suas práticas. As práticas socioculturais e institucionais que os estudantes compartilham em diferentes fases de suas vidas diárias desempenham um papel crucial no desenvolvimento de suas motivações para aprender. Essas práticas contribuem para a construção de sua identidade pessoal e desempenham um papel crucial na aprendizagem e no desenvolvimento do conhecimento. Ademais, contribuem para a formação integral dos alunos, abrangendo diversas áreas do conhecimento. No ensino fundamental, assim como em qualquer nível educacional, é essencial que o educador alcance um planejamento cuidadoso e tenha uma proposta pedagógica que sustente sua prática. Essa proposta deve abranger atividades diversificadas, incluindo aquelas relacionadas ao aprendizado lúdico, educativo, de higiene, sono e alimentação, garantindo um equilíbrio entre elas.